CARICATURAS AO VIVO EM FESTAS OU EVENTOS PARTICULARES, PROMOCIONAIS OU CORPORATIVOS

CARICATURAS AO VIVO EM FESTAS OU EVENTOS PARTICULARES, PROMOCIONAIS OU CORPORATIVOS
Procedimento: Após a contratação do serviço, o cliente deve efetuar o depósito referente a 50% (agendamento) do valor acordado pelas partes, na seguinte conta: JOAO CARLOS MATIAS DO NASCIMENTO Banco: CAIXA Agência: 3825 Local: ARMAÇÃO DOS BÚZIOS/RJ Conta: 013 00006663-5 " E ENVIAR O COMPROVANTE PARA O E-MAIL: cartunistacarioca@hotmail.com O valor restante (50%) deverá ser pago em "CASH" na apresentação/entrega do serviço. Caso seja evento de CARICATURAS AO VIVO, os 50% referente à entrega do serviço deverá ser pago "NA CHEGADA CHEGADA AO EVENTO", uma vez que, por conta de experiências anteriores, alguns clientes pagavam em cheque ou pelo fato de eu ter que esperar o final do evento para receber e os contratantes excediam o tempo limite de 04hs. PARA EVENTOS EM OUTROS MUNICÍPIOS/ESTADOS: Caberá ao contratante o pagamento referente ao deslocamento, alimentação e estadia (valores inclusos nos 50% do agendamento).

sábado, 31 de outubro de 2009

MARCELO RAMPAZZO



Tem gente que desperta em nós o desejo de continuarmos sonhando, mesmo com tantas politicagens babacas que acontecem no meio do cartum.
Esse ano mesmo, o nome do Rampazzo estava entre os premiados em um salão de humor, foi confirmado e no dia seguinte já não estava mais. Não é conversa fiada não... Eu vi!
O cara é batalhador, tem sacadas geniais nos cartuns, além da linguagem própria que o diferencia dos demais cartunistas.

Sou fã dos trabalhos dele e faço questão de falar para todo mundo.

Salve Rampa!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

ARAFAT ( 2 )


Ontem postei a caricatura do Arafat e depois pensei que poderia apresentá-la de outras formas. Fiz vários estudos e algumas releituras do trabalho, utilizando outras ferramentas.
No caso da caricatura apresentada acima, fiz o seguinte: Importei a imagem que foi postada ontem, para o CorelDRAW, fiz algumas intervenções promovendo sobreposição de massas e cortes.
O resultado está aí.

Obrigado... Thanks... Gracias


Muito obrigado aos amigos, simpatizantes ou nem tão amigos, que sempre me honram passando por esse blog. Ontem, fiquei surpreso mais uma vez, devido a quantidade de gente que veio dar uma olhada nos trabalhos. Sejam sempre bem-vindos.
Many thanks to friends, supporters or not so friendly, I always honor through this blog. Yesterday, I was surprised again, because the amount of people who came to check out the work. Are always welcome.
Muchas gracias a los amigos, simpatizantes o no tan amigos, por el honor de visitar el blog. Ayer, me sorprendió una vez más, porque la cantidad de gente que vino a comprobar el trabajo. Son siempre bienvenidos.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

YASSER ARAFAT



Título: "Yasser Arafat"
Medidas: 29,7cm x 42,0cm
Técnica: Tinta Acrílica sobre papel
Execução: 29 de outubro de 2009



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Galeria do Atellier Sorrialengo


A galeria do Atellier Sorrialengo, com seus troféus e certificados, bem como alguns originais de vários cartunistas, ficarão expostos no Espaço Cultural Jorge Ben Jor, que fica ao lado da estação ferroviária de Realengo. O espaço é público e aberto a todos e situa-se à Rua Marechal Joaquim Inácio, 153, Realengo. Informações: (21) 3466-6704.

COISAS DA VIDA


Um fato comum que geralmente acontece nos salões de humor é empatia ou a antipatia em relação aos trabalhos premiados. Nos salões de humor que tenho oportunidade de ir, faço questão de ver cada trabalho e analisar cada um. Especialmente as caricaturas. Vou relatar um fato pitoresco que aconteceu por causa do Salão Carioca de Humor em 1996 , onde comecei a entender que o reconhecimento ao trabalho de um artista pode ser promovido de várias maneiras e não somente quando uma comissão julgadora determina. Fui à abertura do salão daquele ano e fiz o que qualquer cartunista ou popular faz quando adentram a exposição... Analisar primeiramente os desenhos premiados. Só que, no trajeto que fiz para chegar aos trabalhos vencedores, uma caricatura me chamou a atenção. Era a caricatura do prefeito César Maia, elaborada com tinta acrílica e tão perfeita, que dava a sensação de estar olhando quem passava à sua frente. Mas devido ao fato dàquela caricatura figurar apenas dentre os selecionados para a exposição, imaginei que pudessem haver trabalhos mais surpreendentes. Mas não foi bem assim... Pelo menos para mim.
Que diferença faria a minha opinião? Nenhuma, se eu a tivesse explicitado à comissão julgadora. Mas para mim, mesmo a comissão não atribuindo qualquer premiação, nem mesmo uma menção honrosa para àquela caricatura, àquele trabalho merecia o primeiro lugar na categoria. E e eu queria que seu autor soubesse disso. Queria que o autor soubesse da minha felicidade em ver seu trabalho e que por causa de sua obra, eu me tornara seu fã. Em 1996, àquele cartunista era apenas “mais um” que batalhava e buscava reconhecimento nos salões de humor, através de seus trabalhos. Como muitos que hoje trilham o mesmo caminho, mas que devido à falta de seriedade de algumas comissões julgadoras, perdem o estímulo e acabam desistindo. Logo após a abertura do salão, procurei o contato do cartunista, liguei para ele e falei das minhas impressões. Ele ficou surpreso e a partir de então começamos uma relação de respeito e amizade. Sempre que havia uma oportunidade, nos falávamos. Decidi então, depois de um tempo, ir ao encontro do cartunista e conhecê-lo pesoalmente. Embarquei em um ônibus e depois de passar a noite viajando cheguei à cidade de Campinas. De acordo com as informações que o cartunista havia me dado, eu poderia encontrá-lo em seu estúdio, na Rua Itália, bem perto do terminal rodoviário de Campinas (o antigo). Só precisei andar uns três quarteirões para chegar ao meu destino. Cheguei em uma Clínica de Estética e imaginei ter errado o endereço. Mas mesmo imaginando que pudesse estar equivocado, entrei e fui atendido por uma jovem super educada e de sorriso expansivo, que se apresentou como responsável pelo estabelecimento. Eu me apresentei e disse-lhe que estava a procura do cartunista e o motivo pelo qual eu estava à sua procura. Lembro-me que ela se surpreendeu quando eu falei que eu tinha acabado de desembarcar do Rio de Janeiro, apenas para conversar com o cartunista e que voltaria para casa naquele mesmo dia. Ela então se apresentou como esposa do cartunista e em seguida me convidou para ir ao estúdio dele, que ficava em um quarto anexo ao estabelecimento. O cartunista ficou surpreso ao me ver e parecia não acreditar que seu trabalho poderia promover àquele encontro. Após o primeiro contato pessoal, tanto ele quanto sua esposa, foram extremamente gentis, cordiais e solícitos comigo. Tentaram me fazer desistir de voltar para casa naquele mesmo dia, me oferecendo hospedagem em sua casa. Mas diante da minha decisão em voltar, ambos abdicaram parte do tempo que deveriam estar desenvolvendo suas atividades e ficaram ali, me dando toda a atenção do mundo e tentando demonstrar em pequenos gestos, gratidão por eu estar ali. Enquanto conversávamos, eu manuseva vários originais e observava cada detalhe enquanto o cartunista desenhava. Foram algumas horas que me agregaram informações e que contribuem até hoje para o meu desenvolvimento. Um pouco antes de nos despedirmos, ele me presenteou com dois originais seus: Uma caricatura do Lula, feita com grafite e nanquim (1989) e a minha caricatura, feita com grafite (1996). Hoje, àquele cartunista que em 1996 figurava apenas como “mais um” dentre os expositores nos salões de humor, se tornou um dos maiores cartunistas da nossa geração e eu me orgulho de tê-lo eleito como ídolo e como amigo. Quem é o cartunista? Dálcio.

sábado, 24 de outubro de 2009

1º Salão de Humor de Campinas


1º Salão de Humor de Campinas: inscrições abertasPor Humberto Yashima 23/10/2009
Estão abertas as inscrições para o 1º Salão de Humor de Campinas, nas categorias Cartum temático (Meio Ambiente), Charge, Caricatura e a Categoria Especial Carlos Gomes (caricaturas, charges ou cartuns sobre o maestro); o prazo de inscrição é até o dia 3 de novembro. Podem participar cartunistas, chargistas e desenhistas amadores, amadores avançados e/ou profissionais de todo Brasil. Premiação para cada categoria: 1º LUGAR - R$ 3.000,00 (três mil reais); 2º LUGAR - R$ 1.000,00 (mil reais); e 3º LUGAR: Menção Honrosa. O cartunista Ziraldo é o presidente de honra do Salão, e o júri é formado pelos cartunistas Dalcio, Paulo Branco, Bira e DJota Carvalho. O Salão acontecerá entre os dias 17 de novembro e 19 de dezembro no Centro de Convivência Cultural de Campinas (Praça Imprensa Fluminense, s/nº - Cambuí - Campinas-SP).
“As inscrições vão até o dia 3 de novembro, mas, como o prazo é corrido, resolvemos facilitar para os artistas e receberemos tudo via e-mail. Os interessados em enviar seus trabalhos podem ler o regulamento na internet, preencher a ficha de inscrição e mandar até três trabalhos digitalizados, para o e-mail humorcampinas@gmail.com” , diz Jan Fernandes, idealizador do festival.Ele ressalta que quem quiser concorrer na categoria cartum tem que mandar um trabalho com tema específico: meio ambiente. Já em charges e caricaturas são totalmente livres.
Cada categoria premiará com R$ 3 mil os primeiros colocados, R$ 1 mil os segundos e troféus os colocados na terceira posição. Há ainda um prêmio especial: o troféu Carlos Gomes.“Nesta categoria, o candidato pode participar com cartum, charge ou caricatura, mas com único tema: o maestro Carlos Gomes. O vencedor também leva R$ 3 mil de prêmio e o segundo colocado, R$ 1 mil”, diz Jan Fernandes.
O site oficial do Salão de Humor - www.salaodehumordecampinas.com.br - entrará no ar nos próximos dias, mas enquanto isso as regras para quem quer participar, bem como a ficha de inscrição, estão disponíveis em dois sites: MundoHQwww.mundohq.com.br – e Instituto Ecowww.institutoeco.com.br.

JORGE BEN JOR


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

CARICATURAS PARA CONVITES

...
...


Não basta fazer... "TEM QUE FAZER COM EXCELÊNCIA"
* Profissional com mais de 90 premiações  nacionais e internacionais, conquistadas em inúmeros concursos do gênero.
* Trabalhos veiculados em centenas de jornais, revistas e catálogos, no Brasil e no exterior. Como: O Dia, Hoje em Dia, Lance. Billboard, TV Globo, Rede RECORD, CNT e muitos outros.
* Vários alunos premiados no Brasil e no exterior

"QUEM FAÇA, HÁ AOS MONTES"...
COM TÉCNICAS VARIADAS, RECONHECIMENTO E QUALIDADE DIFERENCIADA, SÃO POUCOS. MESMO!

ANTES DE CONTRATAR UM PROFISSIONAL, AVALIE O PORTIFÓLIO DELE, SOBRETUDO O DE CARICATURAS AO VIVO.





quinta-feira, 22 de outubro de 2009

2º SALÃO DINO DE HUMOR


Hoje será divulgada a lista com os nomes dos vencedores no 2º Salão Dino de Humor é uma iniciativa conjunta dos ilustradores Osvaldo DaCosta e Alexandre Barbosa junto com a designer Márcia Okida, aberta a todos os caricaturistas, cartunistas, desenhistas e artistas gráficos do litoral paulista com o objetivo de divulgar a arte do humor gráfico e a obra de artistas da região. Detalhes pelo e-mail salaodinodehumor@uol.com.br.

Precisamos de iniciativas parecidas aqui no Rio de Janeiro. Valorização das "pratas da casa".

Parabéns ao Dacosta e ao Bar, que entendem do assunto.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL...

Logomarca criada pelo cartunista Gil, para a Associação dos Cartunistas do Rio de janeiro, em 1997

Ronaldo Cunha Dias ( RS ), Mr. Ronald Libin ( Presidente da F.E.C.O. em 1998 ) e eu, na Bélgica ( 1998 ).



Há algum tempo veiculei aqui no blog uma postagem onde eu abordava a indiferença promovida pelos salões - inclusive o Salão Carioca de Humor - em relação aos cartunistas do Rio de Janeiro. Os responsáveis por isso? Nós.
O Rio de Janeiro é a casa onde os milagres são feitos por santos de fora há muito tempo. Nos principais jornais, os cartunistas de outros estados sempre foram os principais ilustradores. Nos salões de humor, os pódios e os jantares promovidos após a cerimônia de premiação sempre são os cartunistas dos outros estados que tiveram suas cadeiras cativas.
Em 2007, quando estive no Salão Internacional de Piracicaba pude constatar no jantar promovido pelos organizadores, após a cerimônia de premiação, num hotel bacana dàquela cidade, que a grande maioria dos convidados presentes eram paulistanos. Tinham muitos cartunistas que sequer figuravam dentre os premiados daquele ano, mas estavam ali “como ilustres convidados”. Achei fenomenal.
E aqui no Rio de Janeiro, os jantares ou comemorações pós-premiação acontecem? Claro que sim! Mas e os nossos cartunistas, onde estão na hora da "festinha"? Provavelmente comendo um cachorro-quente numa das inúmeras barraquinhas espalhadas pelas esquinas cariocas ou tomando uma cervejinha, solitários em algum barzinho. Penso que, se acontecesse por aqui da mesma forma que acontece em Piracicaba, o desenvolvimento e a sensação de valorização seria outra. Não pelo jantar, que ninguém está faminto. Mas pela proposta da confraternização em si.


Se os organizadores podem fazer política com cartunistas de outros estados e promover a exposição dos mesmos, por qual motivo não agir da mesma forma em relação aos cartunistas daqui? É um caso a ser refletido.
Na década de 1990, o Rio de Janeiro esboçava algumas propostas voltadas para o fortalecimento do cartum carioca através de várias atividades, dentre elas a criação da Associação dos Cartunistas do Rio de Janeiro, que funcionava na sede da ARFOC ( Associação de Repórteres Fotográficos), na Cinelândia. Nàquele mesmo período, o cartunista Ferreth promovia na paradisíaca Ilha Grande, o encontro de cartunistas e a Mostra de Humor Ecológico, onde acontecia, efetivamente a festa do cartum carioca. Mostras coletivas, individuais, oficinas se espalhavam pelo Rio de Janeiro e proporcionáva-nos a troca de informações, a diversão e as conversas despretenciosas com os amigos. Infelizmente, por vaidade de uns e inveja de outros cartunistas que quiseram tomar a frente das propostas, os eventos deixaram de existir.
O tempo passou e hoje, o que percebemos é o comportamento cada vez mais individualista da nossa classe aqui no Rio de Janeiro.
Mas nem tudo está perdido. Existe a possibilidade de termos o Brasil filiado à F.E.C.O. ( Federation European Cartoonists Organization ). Uma proposta que não é nenhuma novidade. Quando estive na Bélgica em 1998, numa das reuniões que por lá aconteceram, o assunto proposto era a filiação do Brasil junto à FECO. O nome do Ronaldo Cunha Dias foi pautado, pelo próprio presidente da entidade ( Mr. Ronald Libin ) para representar a F.E.C.O. no Brasil. Infelizmente, outros cartunistas ( do Rio Grande do Sul ) que também viajaram conosco, disseram que o nome do Ziraldo seria o mais indicado para o cargo, “devido ao seu nome”. O que aconteceu depois dessa reunião? O tempo passou e hoje, depois de longos onze anos, a tentativa é retomada. Esspero que as negociações aconteçam sob uma atmosfera menos política e vaidosa como àquela de 1998. Para o bem do cartum brasileiro. O Rio de Janeiro tem muitos cartunistas que, apesar de não terem a naturalidade carioca, residem aqui e sempre se preocuparam com o fortalecimento do humor carioca, como: Guidacci ( AM ), Mayrink ( MG ), Ferreth ( RN ) e muitos outros. Além de cartunistas daqui como Zé Graúna, Ney Lima, Rê e muitos outros que são competentes e formadores de cartunistas.
Gente competente e comprometida com o cartum carioca é o que não falta aqui no Rio de Janeiro.
Já passou da hora de resgatarmos nossa identidade. Ou então ficaremos mais onze anos esperando uma nova oportunidade.
Como eu já disse em 2007, durante a cerimônia de premiação no Salão Carioca de Humor: _ Ver os outros se divertindo no quintal da nossa casa e ver os promotores da diversão não nos permitindo que nos divertamos também... cansa.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O CARTUM BRASILEIRO NÃO TEM GRAÇA ( ? )


Durante os século XVII e XVIII, alguns ingleses desenharam e venderam caricaturas, desenhos nos quais os desenhistas deformavam ou exageravam o cotidiano da burguesia.

Na França, Honoré Daumier, um artista conceituado - e hoje referência no mundo das belas artes - começou a fazer cartuns. Ele trabalhou durante muitos anos fazendo desenhos para jornais e revistas da França. Devido ao seu empenho, ele é considerado por muitos o "pai do cartum moderno".

A história do cartum tem uma data muito importante: 1841. Nesse ano uma revista inglesa chamada Punch começou a publicar cartuns com regularidade. As pessoas gostaram e a idéia seguiu adiante. Os cartuns começaram, então, a aparecer também em jornais, comentando e criticando os acontecimentos com muita rapidez. O cartoon surgiu no século XIX na Europa. Assim como a charge e a caricatura, a proposta surgiu com o intuito de ridicularizar comportamentos . Nos portos da Europa, alguns homens faziam piadas em “partes” sobre pequenos cartões . Daí o nome cartoon.

Aqui no Brasil, na década de 1960, o cartunista Ziraldo deu à proposta uma nova grafia, até hoje conhecida por todos como cartum. O Brasil é um dos maiores promotores de cartum no mundo. Santiago, Ronaldo, Érico, Fred, William, Arionauro, Edu Grosso, Dálcio, Jota A. e outros tantos cartunistas – com certeza mais de 100 ( cem ) nomes - sempre levam o nome do Brasil aos topos dos pódiuns nacionais ou internacionais. Um dia após a abertura do Salão Internacional de Humor de Piracicaba desse ano, na matéria publicada pelo Diário de Piracicaba sobre o evento, o cartunista Gual ( um dos organizadores do salão ) dizia que os cartunistas brasileiros não estavam mais fazendo àquele humor engraçado de antes. Concordo com ele... parcialmente. Na minha opinião, o fato dos cartunistas brasileiros não terem mais tanta graça é devido às propostas apresentadas pelos grandes salões de humor – inclusive o de Piracicaba – que também atribui premiações para cartuns non sense ou com nexo poítico. Que na verdade se enquadrariam muito mais na categoria charge do que propriamente em cartum e que fora do Brasil são mais conhecidos como gags ou political gags. Há algum tempo, os cartunistas mais premiados nos salões espalhados pelo mundo são: europeus, cubanos, árabes, asiáticos ... Oriundos de países que ainda enfrentam o autoritarismo, as repressões, as guerras e outras mazelas. O fato de arrebatarem premiações faz com que os demais concorrentes entendam que os mesmos tenham o domínio da linguagem. Mas é exatamente aí que está o equivoco. Há uma peculiaridade que, infelizmente, muitos cartunistas que julgam os trabalhos, assim como aqueles que concorrem deixam de levar em conta, que chama-se "identidade cultural". Quando estive na Europa em 1998, durante as comemorações do 37th Salão Internacional de Knokke-Heist, na Bélgica, pude observar que mais de 90% dos cartunistas locais ou de outros países que por lá estavam, tinham mais de 40 ( quarenta ) anos e muitos deles eram de países que viveram durante muito tempo sob situações como as citadas acima. O que faz com que eles projetem nos cartuns suas ideologias. Logo, se qualquer desenho tem dentre suas finalidades a promoção de questionamentos sociais e políticos, na verdade são charges ( pelo menos é isso que temos como definição de charge em qualquer lugar) . Aqui no Brasil, cartunistas como Ziraldo, Henfil, Lapi, Jaguar e outros tantos que participavam do PASQUIM desenvolviam desenhos de humor tão politizados quanto àqueles que europeus, asiáticos, cubanos, palestinos fazem atualmente. O que era perfeitamente pertinente devido às suas experiências. Só que hoje, muitos cartunistas que nàquela época eram estudantes universitários, militantes políticos e começavam a formar opiniões, atribuem premiações aos cartuns com contextos políticos ou non sense nos salões atuais. Deveriam levar em conta que, a maioria dos cartunistas que participam hoje dos salões de humor no Brasil tem menos de 40 ( quarenta ) anos e que eram crianças ou pré-adolescentes na última década da ditadura militar. Essa geração ( da qual eu faço parte ) sabe fazer o cartum voltado apenas para o riso, a piada gratuita, a sacanagem ... cartum mesmo! Mas aí vemos cartuns políticos sendo premiados em salões como Carioca e Piracicaba ( como o cartum que ilustra esse post ), que são referências para qualquer cartunista. E aí nos perguntamos: _ Se os outros estão certos e nós estamos errados, vamos tentar fazer como eles. E aí, nessa revisão de conceitos, perdemos nossa identidade. Dessa maneira, penso que seja muito cômodo atribuir aos cartunistas brasileiros a falta de “senso de humor”. Já que são as próprias comissões julgadoras vitalícias ( compostas também por cartunistas ) que julgam os trabalhos nos salões e que promovem essa crise de identidade no cartum nacional.

É isso.

sábado, 17 de outubro de 2009

TEM CADA UMA...


Essa semana postei dois tópicos que me proporcionaram “chamadas de atenção” por parte de alguns companheiros de profissão. Os argumentos usados pelos meus “amigos” eram os seguintes: _ Você não pode ensinar as técnicas assim. Ou ainda: _ Quem tiver acesso ao teu blog vai acabar querendo fazer.
Oras, que graça tem em saber algo e não compartilhar? Esse fato me fez relembrar de um tempo quando eu era um menino inseguro do que fazia e todas as vezes em que eu ia desenhar e alguém se aproximava para ver, eu colocava a mão protegendo e inclinava o corpo para impossibilitar a visão da pessoa curiosa. O tempo passou e o pouco que eu aprendi, aprendo ou descubro, faço questão de compartilhar com as demais pessoas sim. O fato de compartilhar algo com alguém não significa que as pessoas desenvolvam qualquer poposta, mas o conhecimento irá promover desenvolvimento e descobertas, bem como novas trocas de informações.
Durante a década de 1990, havia um cartunista aqui no Rio de Janeiro que era premiado em diversos salões de humor, devido ao fato de receber informativos impressos sobre os concursos e não compartilhar com os demais cartunistas. Nesse mesmo período, o médico gaúcho Ronaldo Cunha Dias ( um dos cartunistas mais premiados no mundo ) que também recebia os mesmos informativos, entendeu que o compartilhamento d as informações seria fundamental para o desenvolvimento e o surgimento de novos cartunistas. Assim, através de pacotes repletos de recortes, regulamentos, livros e desenhos originais enviados pelos Correios, cartunistas do Brasil e do exterior criavam A REDE. Dela participavam cartunistas como: Ronaldo, Érico, Ulisses, Arionauro, J. Bosco, Waldez, Rildo Brasil, Sérgio Más, Rico e outros que hoje são consagrados no cenário nacional e internacional. Com a proposta d’A REDE, vários cartunistas também passaram a conquistar premiações e àquele cartunista que anteriormente monopolizava as informações e arrebatava algumas premiações, começava então a ter que compartilhar - mesmo contra a sua vontade - o espaço conosco.
Em seguida, com a globalização promovida pelo advento da internet, as possibilidades do monopólio informativo se tornava cada vez mais impossível e por incrível que possa parecer, àquele cartunista que anos atrás “segurava” as informações para si, deixava de arrebatar prêmios e passou a fazer a manutenção de seu nome graças às conquistas daquele período em que ele podia exercer seu egoismo.
Lembro-me que, durante a década de 1980, quando eu ia à redação do Jornal do Brasil, para ver como os ilustradores trabalhavam, Ique, Liberatti, Aliedo e outros eram super atenciosos e davam dicas de como elaborar as charges e as caricaturas. O Ique, além das dicas ainda me deu alguns materiais como penas e papéis importados.
No início da década de 1990, quando conheci o mestre Zé Graúna, ele compartilhava absolutamente tudo referente ao desenho de humor. Fato que fez com que eu hoje entenda que o compartilhamento de idéias é fundamental para o desenvolvimento de qualquer pessoa que tenha interesse.
Em 1993, eu ia à redação do Jornal O Dia sempre que tinha oportunidade. Na editoria de artes eu passava horas vendo como o Gil elaborava suas caricaturas, sua distorções inimitáveis, o domínio da “ecoline” , suas esculturas e sua versatilidade com os mais variados materiais. Eu desejava que o tempo congelasse para não ter que voltar para casa. Além do Gil, Ary Moraes, Alvim, Leonardo, Vilanova, Ykenga e Janey sempre dispostos a ensinar alguma coisa, mesmo em meio às suas atribuições. No ano seguinte, como se o fato debuscar informações jaó não fosse bastante, o cartunista Gil indicou meu nome para cobrir suas férias no jornal que naquele ano era o de maior circulação. Conheci Armindo Blanco, Inavir Yazbeck e outros profissionais excepcionais na redação. E todos sempre solícitos e prestativos.
No final da década de 1990, tive o privilégio de dividir mesa na editoria de artes no Jornal Lance, com o genial Mário Alberto e meu ídolo Ique. Sempre sendo auxiliado pelo compartilhamento de informações desses artistas que tenho admiração e gratidão por todos.
Acredito que os argumentos acima, dentre tantos outros que me possibilitariam escrever um livro, são suficientes para eu acreditar que o compartilhamento de informações é tão importante para os outros como é para mim. Não sei se vou conseguir, mas àquilo que eu aprendi, aprendo e aprenderei, se possível for, compartilharei com quem se interessar.
Muito obrigado aos artistas que jamais colocaram a mão na frente quando eu me aproximei.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

MUITO OBRIGADO! THANKS!


Muito obrigado aos amigos e curiosos que visitam este blog diariamente. Infelizmente não tenho o endereço de cada um para fazê-lo individualmente. Assim, agradeço a todos pelo carinho e pela presença no blog. Abraços e obrigado!

Many thanks to friends and curious who visit this blog daily. Unfortunately I have the address of each one to do it individually. So thank you all for your love and presence in the blog. Hugs and thanks!

ATELLIER SORRIALENGO


Onde até estudantes de belas artes podem aprender algumas coisas.

PAPEL MACHÊ


Oi pessoal, vou passar para vocês agora duas receitas de papel machê, uma que leva papel higiênico e outra que leva jornal. Qualquer uma das duas funciona, faça a que você achar mais conveniente. Com o papel machê dá para fazer variadas esculturas, vasilhames, máscaras e uma infinidade de coisas, é só ir experimentando.
Receita 1
Material necessário: 1/4 de rolo de papel higiênico; farinha de trigo; gesso em partes iguais a da farinha de trigo e cola branca.
Etapas:
1 – Corte o papel em pedaços bem pequenos e deixe-os de molho em bastante água durante a noite; Ferva-os na mesma água, durante uma hora. Para obter melhor qualidade no trabalho, é importante que o papel fique completamente desmanchado;2 – Em seguida coe o papel num pano, até tirar toda a água. Coe de cada vez quantidades que você possa espremer facilmente com as mãos e não misture esses “bolos” entre si;3 – Depois de espremido todo o papel, acrescente o gesso e a farinha de trigo, previamente misturados. A proporção para a massa é de uma colher de sopa cheia da mistura farinha-gesso e uma colher de sopa de cola fria, para cada “bolo” de papel;4 – Amasse bem, até obter uma pasta homogênea. Se estiver muito seca pode esfarinhar. Neste caso, acrescente água aos pouquinhos, até obter o ponto em possa trabalhar a massa. Se a água começar a escorrer entre os dedos, é porque você colocou quantidade excessiva. Neste caso, acrescente um pouco mais de gesso.
Obs: Não prepare quantidade maior de massa do que aquela que você pretende usar, pois uma vez seco o gesso, não será possível aproveitar a massa. Se desejar fazer escultura com esse material, não use gesso, ao preparar a mistura. Faça-a apenas com o papel, farinha e cola fria, na proporção indicada anteriormente.
Receita 2
Material necessário: jornais; cola fria e um recipiente.
Etapas:
1 – Rasgue o jornal em pedaços não muito grandes e coloque-os em um recipiente;2 – Despeje sobre eles água e deixe o papel amolecendo por 24 horas (ou, no mínimo, por 10 a 12 horas). Acrescente um pouco de água sanitária para tirar o mal cheiro;3 – Esprema a massa para tirar o excesso de água e bata no liquidificador;4 – Recoloque as bolas formadas no recipiente, adicione a cola e forme uma massa, de preferência, compacta; trabalhe-a bem com as mãos e ela está pronta para ser usada.
Obs: Se você quiser pode passar um verniz para dar brilho na peça e também para impermeabilizá-la.

COMO FAZER CARICATURA ( 1 )








Durante algum tempo imaginei que a maioria dos cartunistas faziam caricaturas da mesma forma, estudando a imagem. Aí o tempo foi passando e os caricaturistas surgindo aos montes. Eu então fui procurar saber qual era a "técnica" utilizada por alguns dos "artistas" e encontrei uma das "técnicas".

Apesar de não gostar, entendo que em um mundo tão globalizado como o nosso, essas "técnicas" não devam ser privilégio apenas para alguns. Assim sendo, vou mostrar o passo-a-passo dessa "técnica" de photomanipulação, onde qualquer pessoa, mesmo não sendo cartunista vai fazer uma caricatura.

Primeiro você entra no site http://www.baixaki.com.br/ e faça o download do antigo Photo Toolkit, hoje conhecido como Photo! Editor 1.1 http://www.baixaki.com.br/download/photo-editor.htm

O programa aparecerá como peditorinst.exe e tem 7,78MB. Aconselho salvá-lo em seus arquivos de programas, no drive C: do seu computador. Feito isso, clique em abrir pasta dê dois cliques sobre o ícone do programa e clique em executar. Em seguida clique em next, marque a opção I accept the agreement e logo após next e repita os cliques em next até aparecer uma tela onde você irá clicar na opção Install. Após isso irá aparecer uma janela com a tecla Finish e o procedimento para ainstalação será concluído.

Quando o programa abrir irá aparecer a imagem exibida na ilustração nº 1.
Em seguida, clique em File, depois Open e escolha a imagem a ser distorcida em suas pastas. Sugiro que sejam imagens em alta resolução. O site http://www.flickr.com/ é uma boa alternativa para encontrar personalidades. No caso de fotos pessoais ou de amigos é só fazer umas fotos com resolução alta e aplicar o mesmo desenvolvimento.
No meu caso, para ilustrar esse post, utilizei uma imagem em preto e branco do Pelé que eu capturei do Flickr, exibido na segunda ilustração nº 2.
Após esse procedimento clique na opção Caricature e abrirá uma janela, como na ilustração nº 3 . E aí você escolherá o tamanho do círculo com o qual você irá distorcer as áreas ( quanto menor for o círculo, melhor será para deslocar os pixels nas áreas menores ), como na ilustração nº 4.
Quando você acreditar que a distorção já está bacana, basta clicar em OK e aparecerá a tela da ilustração nº 5 e aí basta você clicar na opção Lighting, que aparecerá uma janela com várias opções de iluminação como na ilustração nº 6. Você então irá escolher a opção desejada, como na ilustração nº 7 ( eu escolhi um tom de sépia para dar um ar de foto envelhecida ) e em seguida cliquei em OK, como mostra a ilustração nº 8. E aí é só salvar a proposta e, se você tiver técnicas de pintura ou desenho é só reproduzir a imagem e se não for, pelo menos vai poder fazer como muitos cartunistas que se utilizam desse artifício.

Como alguns " cartunistas " dizem por aí: _ Mas o computador é uma ferramenta! Então... aguenta.

Agora, se vocês querem ver distorção digital, caricatura de qualidade e sem "técnicas" como essa, basta acessar o site http://www.manohead.com/

Abraços

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

GIL




Gilberto José Ferreira, ou simplesmente Gil, o primeiro ilustrador brasileiro a ter um trabalho selecionado, para ser publicado , pela mais importante associação de ilustradores do mundo: a SOCIETY OF ILLUSTRATORS OF NEW YORK. Atua no mercado a mais 20 anos, se dedicando a desenvolver uma abordagem satírica, que enfatiza a cor e texturas usados na caricatura, ilustração e esculturas, para serem "saboreadas" . Publicando seus trabalhos ao longo desses anos em diversos jornais e revistas, como Revista CHC (Ciência Hoje das Crianças), Revista Seleções, o JORNAL DO BRASIL, jornal O GLOBO, jornal O FLUMINENSE, Caderno Jovem (JORNAL DO BRASIL), jornal O DIA , revista INTERVIEW, Revista Fatos (Bloch Editores),revista da SHELL, revista Domingo (JORNAL DO BRASIL), INTERNET.BR e muito mais.
Essa fera de fala mansa e talento incontestável é mais uma das minhas referências nno mundo do desenho de humor e das ilustrações.

Vale à pena vocês conhecerem mais trabalhos deles e também adquirí-los, bastando entrar em contato com o Gil através das informações em seu blog http://gilcartunista.blogspot.com/

Eu recomendo!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Aylton THOMAZ, adeus!


Somos realmente uma classe desunida. Soube através do mestre Zé Graúna - para quem não sabe, o Zé foi o grande responsável pela minha capacitação técnica como ilustrador, pela minha participação nos salões de humor e pelo meu desenvolvimento como cartunista - que o querido Aylton Thomaz havia falecido. Eu conheci o Aylton primeiramente através de seus livros editados pela Ediouro, onde ele ensinava a desenhar figuras comicas e bichos. Posteriormente, cheguei a conversar com ele lá em frente ao metrô do Largo da Carioca, onde ele expunha seus quadros e os vendia.
O fato mais impressionante é que o Aylton faleceu em fevereiro e mesmo sendo o querido Zé Graúna extremamente antenado e bem informado, só ficou sabendo da notícia no mês passado, devido a falta de informações sobre o fato na mídia.
A mesma mídia que é capaz de divulgar que o Ziraldo mudou de colete é incapaz de divulgar "decentemente" a morte de um artista que tanto contribuiu para o surgimento de tantos outros artistas, assim como o Ziraldo.
As pessoas mais velhas dizem o seguinte: _ Só se sente o que se perde, depois de perdido.
É lamentável que seja dessa maneira.
Artistas como o Aylton, o Mendez e tantos outros, que morrem sem receber o mínimo de reverência, fazem e farão muita falta, nesse universo cada vez mais distorcido.

Acima uma foto dos mestres Zé Graúna e Aylton Thomaz.

Zé, antes que você morra sem ninguém saber, saibas que tu és importante demais para mim.

Aos mestres, com carinho.
Mattias

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Flávio ROSSI


Dia desses eu estava conversando com o companheiro de projetos Ray Costa sobre as minhas referências nacionais em caricaturas. No Brasil: Ique, Cárcamo, Gil, Ulisses, Dálcio, Carlus, Mário Alberto, Fernandes, Spett, Brito e Rossi são os que mais me identifico nos variados aspectos de suas propostas. Antes, eu ficava meio chateado quando as pessoas diziam: _ Teu trabalho está parecido com o de "fulano de tal". Hoje, não sei ao certo, se por acreditar em outras questões, fico feliz - e muito - quando comparam meus trabalhos aos dos meus ídolos. Espero qualquer dia alguém dizer que meus trabalhos estão parecidos com os de Rembrandt Harmenszoon van Rijn. Risos
Enquanto isso não acontece, vou compartilhando com vocês artistas que como o Jr. Lopes ( do post anterior ) me acrescentam muito.
Hoje, irei compartilhar com vocês uma entrevista que fiz para publicá-la na coluna "Ratos de Salão", mas devido aos problemas técnicos do portal isso não foi possível. O artista em questão é Flávio Rossi, um dos "papa-salões" que especialmente na categoria caricatura, durante o início da década corrente fez sucesso nos principais salões de humor no Brasil e no exterior.
Nessas viagens e nos papos de bastidores, muitas conversas tem algum fundamento e outras nem tanto. Eu, como fã que sou do Rossi, tentei ser o mais transparente possível nas perguntas e ele, gentil como sempre, respondeu todas. Por saber que muitos cartunistas também se espelharam e se espelham no trabalho do Rossi, compartilho aqui no blog a entrevista que fiz com ele, nos trechos à seguir:

Rossi,
Infelizmente, para mim e muitos amigos do Brasil e do mundo todo você nos deixou órfão no mundo do humor gráfico. De qualquer forma, acompanho teus trabalhos no campo das artes plásticas. Só que, como respiro desenho de humor, sou responsável por uma coluna entitulada RATOS DE SALÃO, que fica no site www.brazilcartoon.com http://www.brazilcartoon.com/ que aborda bastidores e assuntos sobre esse universo que você conheçe tão bem, gostaria de promover uma entrevista contigo.

Conversei com algumas pessoas, principalmente sobre informações ao teu respeito, já que você é um referencial para mim... E dentre alguns comentários ( que não sei se são verdadeiros ou não ), ouvi:
* Que o teu afastamento se deu devido à não premiação do teu Picasso no Salão de Piracicaba. * Que você se chateou devido ao fato de terem roubado o Picasso * Que você havia se desentendido com algumas estrela do universo do Humor Gráfico, como Dálcio e Paffaro e perdeu o estímulo, dentre outras coisas.

Ouvi absolutamente tudo, mas fiquei intrigado. Surgiu então a oportunidade de eu fazer uma reportagem com qualquer cartunista que eu quizesse, para que a mesma fosse veiculada na revista BRAZILCARTOON e de pronto eu pensei em você. Seria uma forma de saber de você algumas questões e permitir aos teus inúmeros fãs matem um pouco das saudades de ti e do teu trabalho, que são referenciais para uma geração de novos cartunistas. Assim, queria deixar algumas perguntas para ti, de forma que, se puderes respondê-las, ficarei imensamente agradecido. Caso seja possível, gostaria que tu respondesses as seguintes questões:


1 - Dentro do Universo do Cartum, você conquistou diversos e importantes premiações nos principais salões do Brasil e em alguns do exterior. Você deixou de conquistar algum salão que quizesse? Qual? Por qual motivo?
Flávio Rossi: Com certeza, vários!Na verdade tenho alguns prêmios, mas o número de trabalhos enviados é muito maior.São muitos talentos pelo mundo.Mas não tenho nenhum especîfico que me lembre.O vício era Piracicaba.


2 - No Brasil, qual o salão de humor que você mais gostou de ser premiado? Por quê?
Flávio Rossi: Na verdade fiquei feliz com todos os prêmios mesmo.Agora mais importante profissionalmente com certeza foi o Salão Internacional de Piracicaba, foi quando conheci o Ziraldo e fui convidado para publicar no Pasquim21, quando realmente comecei a ilustrar várias revistas e ganhar um dinheirinho.Tem também o lado Ego, rs rs, era um prêmio muito difícil pois concorreu com todas as categorias do salão.


3 - Hoje, na sua avaliação, qual é o melhor Salão de Humor brasileiro? E o Pior?
Flávio Rossi: Acho que o Salão Carioca está crescendo muito e o Salão do Piauí também, mas tem outros nascendo por aí também, acho ótimo.Tem talento escondido por aí fazendo caricatura com giz de cera.


4 - Você já participou como jurado em alguns salões de humor, qual categoria que você considera a mais competitiva? Por qual motivo?
Flávio Rossi: Depende muito do salão.Normalmente a categoria caricatura.Explicar por quê, seria impossível, tenho minha intuição, acho que rola muito mais a paixão de desenhar , distorcer e pintar.Talvez antigamente tívessemos um posicionamento político e social mais unido e aí a charge era o forte.Mestre Henfil por exemplo.

5 - Como você vê a questão de plágio e similaridades que estão se tornando uma constante nos salões?
Flávio Rossi: Vejo isso como influência demasiada. Passei por isso , aprender a fazer um ótimo trabalho que não é o seu. Depois disso é preciso desconstruir as influências e encontrar realmente seu trabalho, sua impressão digital.


6 - A que você atribui, sendo o Brasil um evidenciador de talentos na área de humor gráfico, o surgimento de tão poucos nomes nos Salões de Humor em detrimento da manutenção constante daqueles nomes consagrados que já conquistaram seus espaços nos salões e na mídia?
Flávio Rossi: Acho que o Salão de Humor pode até descobrir novos talentos, agora se irão em frente ninguém sabe. O mercado é muito mais complicado que o Salão. Com certeza , apesar dos novos talentos aparecerem, não vi nenhuma grande revolução da nossa geração, ainda é uma deriva da anterior. Acho que por exemplo, representamos a era digital de alguma maneira e nem discutimos isso além da praticidade, ainda rola preconceito em salão com trabalho digital, talvez seja por existir pouquíssimos profissionais realmente qualificados para julgar uma obra digital. Entre outras coisas, influência quase plágio. Acho que deveríamos questionar mais nossa geração de cartunistas antes de ficar desejando a morte dos anteriores pensando em ocupar seu espaço, apesar que o Chico Caruso me contou uma história dessas na sua época de salão, he he he.


7 - Muitos cartunistas perguntam pelo cartunista Rossi. E a resposta, geralmente é a seguinte:
_ Ele foi para a elite.Virou artista plástico! Você vê uma diferença tão grande dàqueles trabalhos que fazia quando mandava para os Salões de Humor? À que você atribui essa colocação de "elite" feita por alguns cartunistas?
Flávio Rossi: Não sei qual o sentido dessa frase, mas quem falou com certeza nunca frequentou a categoria das artes plásticas, talvez o grande problema seja essa linha de raciocínio. Passei muito mais necessidade como artista plástico, fui despejado, esperava algum amigo me convidar pra comer, porque nem miojo tinha mais, só que essa história ninguém quis saber. Como também não sou do drama não vou ficar contando isso. É um campo artístico tão complexo quanto o da ilustração.

8 - Houve algum fato que o desmotivasse para que se afastasse desse universo chamado Salão de Humor? Se houve, qual foi?
Flávio Rossi: Acho que minha participação nos Salões venceu na minha cabeça pelo menos, dei minha contribuição e recebi minha contribuição. Fase maravilhosa da minha vida, fiz muitos amigos e ainda gosto muito, só não tive mais uma oportunidade de comparecer nos últimos.Volto a dizer, acho que isso é pessoal, Os reis dos Salões Dálcio e Cau Gomez mandam até hoje e isso de alguma maneira acrescenta na vida profissional que já existe, ou seja, os dois já publicam há muito tempo, já possuem uma história antes de mim, acho que o problema é depender de salão pra sobreviver como artista.

9 - Que sugestão você dá àqueles que participam de Salões de Humor, para que tenham tanto êxito como tu tivestes nesse universo?
Flávio Rossi: Faça o melhor que puder, enriqueça o trabalho, mude, e depois Reze!

10 - Que tipo de cautela você recomenda aos cartunistas que participam dos salões de humor?Flávio Rossi: Cuidado para não virar clone e esquecer de si mesmo e pense consigo: será que tenho conhecimento suficiente e talento pra fazer isso? Assim acho que fica mais fácil desenvolver o trabalho.

11 - Quais são teus planos para o futuro e onde teus fãs podem acompanhar teus trabalhos?
Flávio Rossi: Abrir um vinho e convidá-lo para conhecer meu ateliê amigo! Depois disso, quero deixar claro que não tenho problema com o Dálcio, pelo contrário eu amo o cara, é meu amigo há muito tempo, adimiro e torço pro talento dele explodir o mundo, o Páffaro também, desenhei muito junto com ele. Amo Piracicaba e sua turma, sem fofocas.

Estou como todos, buscando minha felicidade e liberdade profissional.

Quem estiver interessado: www.myspace.com/flaviorossi o site mesmo está em manutenção, mas em breve estará na ativa http://www.flaviorossi.com/

Para finalizar, deixe um recado para seus fãs:
Flávio Rossi: Fico feliz se pude trazer pelo menos uma pequena inspiração e vontade de trabalhar. Obrigado e sucesso pra todos nós! Abração!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Jr. LOPES


Falar de quem somos fãs é um tanto suspeito. Mas quando o trabalho do artista fala por si, as suspeitas deixam de ser argumentos, como no caso do Jr. Lopes.
Paraense de nascimento, cartunista e ilustrador premiadíssimo, gente boa pra caramba, se tornou "artista do mundo" e hoje tem uma legião de fãs, que como eu, tem o maior orgulho em compartilhar seus excepcionais trabalhos.

Eu recomendo!

sábado, 10 de outubro de 2009

"CARTOLA"


Título: " CARTOLA"
Medidas: 29,7cm x 42,0cm
Técnica: Pastel Oleoso e Manipulação Digital
Execução: 08 de outubro de 2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

MADRE TEREZA DE CALCUTÁ




Salve Ink Brothers!
Essa é uma técnica muito fácil e ótima para o desenvolvimento de caricaturas ou ilustrações em geral. Fiz o seguinte: Entrei no google e digitei a palavra patterns ( texturas ). Em seguida, encontrei uma imagem da lateral de um elefante e achei interessante para desenvolver um trabalho.
Como eu já havia feito uma caricatura da Madre Tereza de Calcutá recentemente para o Salão Internacional de Piracicaba, resolvi fazer uma releitura dela.
Para a execução das propostas:
* Podemos utilizar páginas de revistas ou fazer um banco de patterns no computador
* Podemos utilizar tesoura, cola ou apenas o Photoshop para a composição de imagens

Acima, o material utilizado por mim e o trabalho finalizado:

1 - Um pattern de papel cartão ( Google )
2 - Uma foto da lateral de um elefante ( Google )
3 - Um patern de papel amassado ( Google )
4 - Resultado final

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

" As vezes a música faz mal à coluna "


Título: "As vezes a música faz mal à coluna "
Medidas: 29,7cm x 42,0cm
Técnica: Digital
Execução: 07 de outubro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O RIO DE JANEIRO TEM...


Título: " O Rio de Janeiro continua lindo "
Medidas: 29,7cm x 42,0cm
Técnica: Digital ( CorelDRAW )
Execução: 06 de outubro de 2009

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

LOGOS


Propostas de logomarcas para projetos futuros. Execução em 05 de outubro de 2009.

sábado, 3 de outubro de 2009

EL NUEVO SONIDO DE ZELAYA


Título: "El nuevo sonido de Zelaya"
Medidas: 29,7cm x 42,0cm
Técnica: Digital (CorelDRAW/ Photoshop)
Execução: 03 de outubro de 2009

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

PATUCUPI


Uma das 150 personagens que eu criei para a "Turma do Açaizinho". Proposta voltada para o desenvolvimento cultural do estado do Pará.

Essa proposta teve seu início em 2001, com matérias veiculadas em matérias televisivas e jornais de Belém.