Que moro em Realengo, no mesmo bairro que o Arionauro mora isso não é novidade para ninguém.
Daí o nome do movimento criado pelo Arionauro e por mim e que o Ray e eu sustentamos até hoje, o SORRIALENGO.
Hoje, logo pela manhã, após colocar a Victória para a escola, minha mãe me ligou com a voz super ofegante, pedindo que eu assistisse aos noticiários da televisão, pois acontecera uma tragédia na escola onde a Lívia (irmã da Victória estuda). Coloquei então na Globo News e soube então do que se tratava. Fui lá na escola onde ela estuda e o caos era total.
Uma multidão de pais na frente da escola, rastros de sangue e o clima de desespero generalizado.
Soube então que a Lívia já havia sido levada pelo motorista para casa.
Caramba! A sensação ao vê-la bem, foi de alívio.
Fui vítima de bala perdida aqui mesmo em Realengo, em 1989. E desde então, mesmo viajando por outros estados e países, jamais retornei para cá com a sensação de estar seguro.
Infelizmente, desde então, já ouvi, vi e soube de inúmeras manifestações de violência no bairro. E as pessoas dizem:_ Em todo lugar é violento.
Concordo, mas cada vez que acontece uma situação onde a violência está mais próxima, a sensação de impotência e insatisfação aumenta consideravelmente.
E parafraseando Gilberto Gil em sua música, dá vontade de gritar: _ Alô Alô Realengo, àquele abraço! E nunca mais voltar.
Àquele abraço é o cacete!
O que Realengo precisa é de segurança... mortos não abraçam ninguém.
É isso.
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