Nesse último final de semana, resolvi avaliar a Revista Artefacto http://artefacto.deartistas.com/, editada pelo companheiro de traços Omar Zevallos Velarde. Salvei as edições da revista, desde a 16ª edição até a 24ª em um pendrive emprestado e passei o final de semana lendo todas as matérias das oito edições disponíveis em PDF.
Os assuntos sobre desenho de humor são variados e interessantes. Vão desde entrevistas com renomados cartunistas - e com cartunistas que não são tão renomados, mas ali conseguem um espaço para que possam evidenciar seus trabalhos -, assuntos como a aposta entre os cartunistas cubanos Ares e Boligán, para ver qual deles chegará primeiro à 100ª premiação, além de várias outras peculiaridades, pertinentes à proposta e muito bem editadas.
Dentre as matérias que mais me chamaram a atenção e me causou surpresa, mesmo com todas as possibilidades de informações oferecidas pela internet e pelos inúmeros meios de comunicação disponíveis, uma matéria veiculada na 20ª edição da Artefacto ( julho de 2009 ) que prestava uma homenagem ao cartunista argentino Andrés Cascioli. O texto trazia uma entrevista feita por Ezequiel Siddig e logo no subtítulo a informação de que cascili havia falecido no dia 24 de junho. À direita do texto inicial, uma caricatura do ex=presidente Carlos Meném, no inconfundível traço do mestre argentino.
É claro que além da surpresa inicial, saber do fato, mesmo que seis meses depois, me causou relativa comoção por dois aspectos...
O primeiro, devido ao fato de me remeter ao ano de 1993, quando eu estava a serviço do exército brasileiro e, sempre que sobrava dinheiro, eu ia para umas livrarias antigas ( sebos ) e tratava de procurar as MADs antigas, onde eu encontrava as magníficas capas feitas pelo genial Carlos Chagas e as revistas INTERVIEW, onde eu encontrava as ilustrações do Ique, na coluna do Ezequiel Neves, além das ilustrações que ele, o Gil e o Mário Bag faziam sempre para a revista. Numa dessas minhas buscas, encontrei várias revistas HUMOR e logo nas capas, as caricaturas dos cartunistas argentinos Andrés Cascioli e Carlos Nine. Eu passava horas ali, vendo cada detalhe. E quando não me sobrava dinheiro para comprar as revistas, eu me contentava em ficar ali “ruminando visualmente” as imagens, para depois, tentar resgatá-las no pensamento.
O segundo aspecto que “no meu entendimento”, pode ser o mais crucial, se dá ao fato da perda de um artista da nossa área, que dominava como poucos a linguagem. A forma como Cascioli elaborava suas caricaturas, charges, ilustrações e editava a revista HUMOR, não deixavam a menor dúvida sobre seu domínio técnico e seus conhecimentos pertinentes ao desenho de humor. Diferentemente de uma corrente atual, onde alguns cartunistas defendem a idéia de que “não é necessário ter domínio técnico” para ser cartunista, basta ter uma idéia mais ou menos. Eu me orgulho muito de ter aprendido muitas coisas vendo os excepcionais trabalhos de Andrés Cascioli e a seriedade com a qual ele elaborava seus trabalhos. Se alguém tinha que fazer trabalhos mais ou menos, com certeza não era ele.
Os assuntos sobre desenho de humor são variados e interessantes. Vão desde entrevistas com renomados cartunistas - e com cartunistas que não são tão renomados, mas ali conseguem um espaço para que possam evidenciar seus trabalhos -, assuntos como a aposta entre os cartunistas cubanos Ares e Boligán, para ver qual deles chegará primeiro à 100ª premiação, além de várias outras peculiaridades, pertinentes à proposta e muito bem editadas.
Dentre as matérias que mais me chamaram a atenção e me causou surpresa, mesmo com todas as possibilidades de informações oferecidas pela internet e pelos inúmeros meios de comunicação disponíveis, uma matéria veiculada na 20ª edição da Artefacto ( julho de 2009 ) que prestava uma homenagem ao cartunista argentino Andrés Cascioli. O texto trazia uma entrevista feita por Ezequiel Siddig e logo no subtítulo a informação de que cascili havia falecido no dia 24 de junho. À direita do texto inicial, uma caricatura do ex=presidente Carlos Meném, no inconfundível traço do mestre argentino.
É claro que além da surpresa inicial, saber do fato, mesmo que seis meses depois, me causou relativa comoção por dois aspectos...
O primeiro, devido ao fato de me remeter ao ano de 1993, quando eu estava a serviço do exército brasileiro e, sempre que sobrava dinheiro, eu ia para umas livrarias antigas ( sebos ) e tratava de procurar as MADs antigas, onde eu encontrava as magníficas capas feitas pelo genial Carlos Chagas e as revistas INTERVIEW, onde eu encontrava as ilustrações do Ique, na coluna do Ezequiel Neves, além das ilustrações que ele, o Gil e o Mário Bag faziam sempre para a revista. Numa dessas minhas buscas, encontrei várias revistas HUMOR e logo nas capas, as caricaturas dos cartunistas argentinos Andrés Cascioli e Carlos Nine. Eu passava horas ali, vendo cada detalhe. E quando não me sobrava dinheiro para comprar as revistas, eu me contentava em ficar ali “ruminando visualmente” as imagens, para depois, tentar resgatá-las no pensamento.
O segundo aspecto que “no meu entendimento”, pode ser o mais crucial, se dá ao fato da perda de um artista da nossa área, que dominava como poucos a linguagem. A forma como Cascioli elaborava suas caricaturas, charges, ilustrações e editava a revista HUMOR, não deixavam a menor dúvida sobre seu domínio técnico e seus conhecimentos pertinentes ao desenho de humor. Diferentemente de uma corrente atual, onde alguns cartunistas defendem a idéia de que “não é necessário ter domínio técnico” para ser cartunista, basta ter uma idéia mais ou menos. Eu me orgulho muito de ter aprendido muitas coisas vendo os excepcionais trabalhos de Andrés Cascioli e a seriedade com a qual ele elaborava seus trabalhos. Se alguém tinha que fazer trabalhos mais ou menos, com certeza não era ele.
Quem quiser rever ou conhecer alguns trabalhos desse genial artista, basta acessar o seguinte endereço http://www.andrescascioli.com.ar/
Salve Cascioli e suas obras!
Ao Zevallos e toda sua equipe, parabéns pela Artefacto, que me surpreendeu.
Abraços a todos
Um comentário:
Oi, Mattias! Só hoje vi a postagem sobre o Aylton Thomaz. Valeu por divulgar. Grande abraço!
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