Hoje, não estava muito interessado em surfar não. Tem dias que a internet não me atrai... Sobretudo depois de passar a madrugada asistindo As Aventuras de Thinker Bell com a Victória até 04:00 a.m.
O bacana é quando analisamos até mesmo um filme infantil e alguns questionamentos são promovidos.
A história acontecia na "Terra do Nunca", onde existiam várias classes de fadas.
A principal delas ( a mesma "sininho" do Peter Pan ) foi designada para ser uma fada artesã, mas durante todo o desenvolvimento da história ela tenta tenta executar outras tarefas, menos as dela. Só que, em todas as atribuições as quais ela se envolve saiam erradas.
Até que ela descobriu, através de "sucatas", uma forma de exercitar com satisfação e maestria a função de Fada Artesã. E através das suas descobertas e do trabalho proposto em conjunto, a Thinker Bell conseguiu promover o melhor Dia da Pimavera na Terra do Nunca.
Minha filha tem 3 anos e meio, mas tentei explicar a iportância da resignação, do trabalho em grupo e da possibilidade de modificar o panorama das coisas, mesmo na adversidade.
Não precisa ser agora... Mas tomara que um dia ela entenda.
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No final da tarde, recebi um comentário do Zé Graúna.
Ao mesmo tempo que me faz sentir orgulho de tê-lo como mestre, me causou uma certa sensação de impotência.
Tenho orgulho de ter o Zé como mestre, não apenas por ter aprendido boa parte das técnicas que hoje aplico nas minhas ilustrações com ele, bem como quase tudo sobre o universo do Desenho de Humor e muito mais por sua postura.
Dia desses, estava conversando com um companheiro de profissão e dizia o seguinte: Há em mim algo do Zé Graúna. A verve contestadora, o senso de observação, o acidez crítica, o comprometimento com àquilo que pensamos e etc...
"Nunca" vi ou ouvi dizer que o Zé estivesse fazendo política com alguém ou que ele deixava de emitir suas opiniões por ter "rabo preso".
Ao ler seu comentário hoje, me veio exatamente a mesma sensação de impotência ou desfalecimento profissional.
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Penso o seguinte sobre o assunto:
Ser cartunista já não exige abolutamente nada de ninguém. Nem mesmo desenhar...
Nos primórdios, os cartunistas surgiram com a ideologia de contestar o poder. O tempo apssou e as coisas continuaram assim até o período militar.
Mas e hoje? Qual é a função de um cartunista?
Existe alguma ideologia?
Como deixei registrado aqui, através de uma postagem, o comprometimento do "cartunista" hoje é consigo mesmo. E ainda usei o sentido figurado de uma grande oca. Onde por mais que os índios vivam em comunidade, saiam para caçar e pescar em grupo, àquilo que ele consegue "é para si e para os seus".
Hoje, conhecimento, técnica, aptidão, qualidade, apresentação e etc... já não são mais importantes para a elaboração de um trabalho e muito menos para a existência de um profissional do cartum.
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Com tanta tecnologia e sem a necessidade de muito know-how e caráter, hoje a moda é ser o "cartunista holográfico". As pessoas terão a sensação de sua existência, até que se aproxime e perceba que não passa de uma imagem.
Para que saber do assunto? É só digitar no Google que o camarada vai saber.
Para que saber desenhar? É só pegar uma imagem, jogar em um software ou mesa de luz e pronto.
Eu admiro àqueles que fazem, e muito!
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Sobre o comentário do Zé em relação aos R$ 35,00 aceitos por alguns "compañeros" por serviços prestados para grandes empresas, o assunto realmente só interessa aos profissionais mais romanticos.
Para os operários do cartum ( ou prostitutos do cartum ) não fará a menor diferença se isso desvaloriza a classe ou não.
De certa forma ele até tem razão... Que classe?
Na verdade, o que o "esperto" quer é a grana no bolso, a sensação da onipresença e a sustentação de sua imagem.
Depois ele colocará em seu blog que declara Imposto de Renda, para que todos saibam que seus ganhos são acima de R$ 1. 400,00. (Isso que é necessidade de afirmação. Quero ver quando os mesmos fizerem o exame de próstata, se vão publicar as fotos de seus proctologistas ou seus orifícios depois de examinados ).
Os R$ 35, 00 que eles ganham, pagarão as 12 cervejas, que sairão na próximas urinas após a cervejada...
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Zé, enlouqueça! Mas não deixa o cartunista morrer não. Pois como dizia Machado de Assis:
"A loucura é uma ilha perdida no oceano da razão."
É melhor saber que a ilha existe do que imaginar apenas o oceano imenso... sem nenhuma possibilidade, ainda que remota, para um náufrago buscar abrigo.
Abraço Zé
Mattias (náufrago). Mas pode me chamar de Sr. Wilson.
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