CARICATURAS AO VIVO EM FESTAS OU EVENTOS PARTICULARES, PROMOCIONAIS OU CORPORATIVOS

CARICATURAS AO VIVO EM FESTAS OU EVENTOS PARTICULARES, PROMOCIONAIS OU CORPORATIVOS
Procedimento: Após a contratação do serviço, o cliente deve efetuar o depósito referente a 50% (agendamento) do valor acordado pelas partes, na seguinte conta: JOAO CARLOS MATIAS DO NASCIMENTO Banco: CAIXA Agência: 3825 Local: ARMAÇÃO DOS BÚZIOS/RJ Conta: 013 00006663-5 " E ENVIAR O COMPROVANTE PARA O E-MAIL: cartunistacarioca@hotmail.com O valor restante (50%) deverá ser pago em "CASH" na apresentação/entrega do serviço. Caso seja evento de CARICATURAS AO VIVO, os 50% referente à entrega do serviço deverá ser pago "NA CHEGADA CHEGADA AO EVENTO", uma vez que, por conta de experiências anteriores, alguns clientes pagavam em cheque ou pelo fato de eu ter que esperar o final do evento para receber e os contratantes excediam o tempo limite de 04hs. PARA EVENTOS EM OUTROS MUNICÍPIOS/ESTADOS: Caberá ao contratante o pagamento referente ao deslocamento, alimentação e estadia (valores inclusos nos 50% do agendamento).

domingo, 11 de abril de 2010

SE A FARINHA É POUCA... MEU XIBÉ PRIMEIRO!


Matéria publicada no jornal Diário do Pará em 2003.
Na matéria, consta meu nome como autor da TURMA DO AÇAIZINHO, que na época apresentava 15 personagens.
Depois que eu voltei para o Rio de Janeiro em 2004, continuei com as pesquisas e o desenvolvimento da turma que hoje tem mais de 150 personagens.
No ano passado, fui surpreendido com uma proposta homônima executada por um artista de lá. O fato que mais me causou surpresa foi a maneira como os "compañeros" de lá - que eram sabedores do meu envolvimento com as pesquisas desde 2001 ( quando estive no estado do PA pela primeira vez ) jamais se manifestarem sobre o fato.
Raça unida essa nossa.
É perfeitamente compreensível... Um carioca desenvolvendo uma proposta que poderia ter sido desenvolvida por algém de lá, seria "ralado" como diriam eles.
Com o tempo, vou publicando o Cartumcionário Paraense que criei graças às pesquisas para a composição da Turma do Açaizinho.
Termos como:
Brocado: Faminto; Esfominhado
Balão: Dar uma volta
Setor: Moradia; Local onde se encontra
Fumado: Ferrado, F#6ido
Ralado: Complicado, Difícil
Carapanã: Mosquito
De Rocha: De verdade
Motora: Motorista
Réfri: Refrigerante
Picadinho: Cachorro-quente
Chamar Nomes: Xingar; Falar palavrões
Pitiú: Odor; Mau cheiro
E por aí vai... Mas, para cada um dos termos locais, criei uma identidade visual com personagens.
Numa das muitas noites que eu passei caminhando pelas ruas de Belém, conheçendo gente ( de todas as classes e índoles que vivessem no ambiente underground noturno da Cidade das Mangueiras ) que me fizesse desconsiderar a distância do Rio de Janeiro, da família e dos amigos, fui bater papo com o velho Sr. Júlio ( um senhor de 84 anos, pele queimada e cabelos brancos, que morava em Ananindeua e todas as noites ia fazer um "bico" vigiando as barracas na Praça do Pescador, entre o Ver-o-Peso e a Estação das Docas. Na Boulevard Castilhos França, às margens da Baía do Guajará ) para saber um pouco sobre o perfil do povo local e ele, com àquele sorriso de poucos dentes, mas de muita sinceridade e experiência, falava o seguinte: _ O povo daqui pensa assim... "Se a farinha é pouca, meu xibé primeiro".
Hoje, depois de 7 anos, começo a entender o que o velho Sr. Júlio queria dizer.
Salve a experiência dos velhos sábios!

Um comentário:

Zé Roberto Graúna disse...

Registrou os personagens, Mattias? Você criou a tal turminha por encomenda ou foi iniciativa sua? Não ficou bem explicado isso. Eu me lembro que vc chegou a me mostrar alguma coisa desse projeto, mas realmente não me recordo dos detalhes.
Sobre o comentário de que a classe é desunida... Você tem razão mesmo. Eu nunca fui de criar polêmica com as minhas opiniões, mas aquele textinho lá no meu blog falando dos 35 "xibés" pagos pela famosa editora de passatempos encheu minha caixa de e-mails com mensagens agressivas e anônimas. Além disso, fui chamado de omisso por um colega num daqueles "leia e apague", o famoso depoimento do Orkut.
Eu hoje, me vejo sem trabalho, com meus projetos todos parados, e com uma gorda conta a pagar todos os meses.
Dia desses fui numa exposição. Uma jovem (dessas que curtem pedir autógrafos desenhados pros cartunistas) se aproximou e perguntou: Você é cartunista, né? Eu respondi com duas perguntas:Eu, cartunista? Por que você acha que sou cartunista? Ela respondeu que já havia me visto em outro evento. Então, eu sorri amarelo e disse pra ela: minha filha, eu sou um ex-cartunista!