quarta-feira, 7 de abril de 2010
COMO NASCE UM CARTUNISTA?
Dia desses, em conversa com o Diego Novaes, elocubrávamos sobre o nascimento de um cartunista.
Eu sempre tive curiosidade em descobrir, pelo seguinte fato:
Segundo relatos históricos, o cartum surgiu como forma de protesto da plebe em relação à monarquia, nos ambientes soturnos dos portos ingleses. Meio que uma atitude marginal mesmo. Tudo feito na surdina.
Não menos que de repente, todos já sabiam do fato ilustrado e ridicularizado através dos pequenos cartões.
Com o passar do tempo os cartunistas passaram a ilustrar os principais veículos impressos na Europa e no mundo. Isso é um fato!
E hoje, de que forma surge um cartunista?
Basta fazer uns traços elegantes, criar um blog e se autodenominar cartunista?
Prestar alguns favores para um cartunista renomado em troca de um "empurrãozinho"?
Deixar que o mestre faça os cartuns e o mais moderno assine para concorrer nos salões?
Fazer um network forçado - um lobby mesmo - com portais em busca de exposição?
...
E àqueles que não querem cozinhar para ninguém, pagar chopp para ninguém e muito menos ficar babando o ovo de cartunistas que se consideram titãs? Que destino terão àqueles que não se prostituem? Morrem durante a gestação?
...
É no mínimo curioso. Tanta gente com competência técnica e linguagem pertinente que fazem trabalhos excepcionais, mas não conseguem sequer ter o privilégio de respirar como cartunista. E, em contrapartida, existem tantos outros, medíocres ao extremo, se considerando o último biscoito do pacote.
É por isso que ser cartunista hoje é muito mais fácil. Quanto custa a inscrição? Uma rodada de cervejas em qualquer lugar. Ah, saber desenhar não importa não. O que vale é a amizade.
Viva o cartum brasileiro!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Por essas e outras que eu digo e repito: tem muita gente por aí completamente anônima melhor que todos os que nós conhecemos., inclusive nós mesmos...eheh.
Mas não fala mal de cerveja não, sô, que eu mesmo organizo umas bibiricadas de quando em veiz!!
Abraço!!
Não é a cerveja não Diego.
Até gosto muito de uma Cerpa, Stela Artois, Jupiler... até mesmo das Itaipavas da vida.
Parafraseando um desses filósofos anônimos: "Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa".
Nos conheçemos.
Abraço
Postar um comentário