Somos realmente uma classe desunida. Soube através do mestre Zé Graúna - para quem não sabe, o Zé foi o grande responsável pela minha capacitação técnica como ilustrador, pela minha participação nos salões de humor e pelo meu desenvolvimento como cartunista - que o querido Aylton Thomaz havia falecido. Eu conheci o Aylton primeiramente através de seus livros editados pela Ediouro, onde ele ensinava a desenhar figuras comicas e bichos. Posteriormente, cheguei a conversar com ele lá em frente ao metrô do Largo da Carioca, onde ele expunha seus quadros e os vendia.
O fato mais impressionante é que o Aylton faleceu em fevereiro e mesmo sendo o querido Zé Graúna extremamente antenado e bem informado, só ficou sabendo da notícia no mês passado, devido a falta de informações sobre o fato na mídia.
A mesma mídia que é capaz de divulgar que o Ziraldo mudou de colete é incapaz de divulgar "decentemente" a morte de um artista que tanto contribuiu para o surgimento de tantos outros artistas, assim como o Ziraldo.
As pessoas mais velhas dizem o seguinte: _ Só se sente o que se perde, depois de perdido.
É lamentável que seja dessa maneira.
Artistas como o Aylton, o Mendez e tantos outros, que morrem sem receber o mínimo de reverência, fazem e farão muita falta, nesse universo cada vez mais distorcido.
Acima uma foto dos mestres Zé Graúna e Aylton Thomaz.
Zé, antes que você morra sem ninguém saber, saibas que tu és importante demais para mim.
Aos mestres, com carinho.
Mattias
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