Essa semana postei dois tópicos que me proporcionaram “chamadas de atenção” por parte de alguns companheiros de profissão. Os argumentos usados pelos meus “amigos” eram os seguintes: _ Você não pode ensinar as técnicas assim. Ou ainda: _ Quem tiver acesso ao teu blog vai acabar querendo fazer.
Oras, que graça tem em saber algo e não compartilhar? Esse fato me fez relembrar de um tempo quando eu era um menino inseguro do que fazia e todas as vezes em que eu ia desenhar e alguém se aproximava para ver, eu colocava a mão protegendo e inclinava o corpo para impossibilitar a visão da pessoa curiosa. O tempo passou e o pouco que eu aprendi, aprendo ou descubro, faço questão de compartilhar com as demais pessoas sim. O fato de compartilhar algo com alguém não significa que as pessoas desenvolvam qualquer poposta, mas o conhecimento irá promover desenvolvimento e descobertas, bem como novas trocas de informações.
Durante a década de 1990, havia um cartunista aqui no Rio de Janeiro que era premiado em diversos salões de humor, devido ao fato de receber informativos impressos sobre os concursos e não compartilhar com os demais cartunistas. Nesse mesmo período, o médico gaúcho Ronaldo Cunha Dias ( um dos cartunistas mais premiados no mundo ) que também recebia os mesmos informativos, entendeu que o compartilhamento d as informações seria fundamental para o desenvolvimento e o surgimento de novos cartunistas. Assim, através de pacotes repletos de recortes, regulamentos, livros e desenhos originais enviados pelos Correios, cartunistas do Brasil e do exterior criavam A REDE. Dela participavam cartunistas como: Ronaldo, Érico, Ulisses, Arionauro, J. Bosco, Waldez, Rildo Brasil, Sérgio Más, Rico e outros que hoje são consagrados no cenário nacional e internacional. Com a proposta d’A REDE, vários cartunistas também passaram a conquistar premiações e àquele cartunista que anteriormente monopolizava as informações e arrebatava algumas premiações, começava então a ter que compartilhar - mesmo contra a sua vontade - o espaço conosco.
Em seguida, com a globalização promovida pelo advento da internet, as possibilidades do monopólio informativo se tornava cada vez mais impossível e por incrível que possa parecer, àquele cartunista que anos atrás “segurava” as informações para si, deixava de arrebatar prêmios e passou a fazer a manutenção de seu nome graças às conquistas daquele período em que ele podia exercer seu egoismo.
Lembro-me que, durante a década de 1980, quando eu ia à redação do Jornal do Brasil, para ver como os ilustradores trabalhavam, Ique, Liberatti, Aliedo e outros eram super atenciosos e davam dicas de como elaborar as charges e as caricaturas. O Ique, além das dicas ainda me deu alguns materiais como penas e papéis importados.
No início da década de 1990, quando conheci o mestre Zé Graúna, ele compartilhava absolutamente tudo referente ao desenho de humor. Fato que fez com que eu hoje entenda que o compartilhamento de idéias é fundamental para o desenvolvimento de qualquer pessoa que tenha interesse.
Em 1993, eu ia à redação do Jornal O Dia sempre que tinha oportunidade. Na editoria de artes eu passava horas vendo como o Gil elaborava suas caricaturas, sua distorções inimitáveis, o domínio da “ecoline” , suas esculturas e sua versatilidade com os mais variados materiais. Eu desejava que o tempo congelasse para não ter que voltar para casa. Além do Gil, Ary Moraes, Alvim, Leonardo, Vilanova, Ykenga e Janey sempre dispostos a ensinar alguma coisa, mesmo em meio às suas atribuições. No ano seguinte, como se o fato debuscar informações jaó não fosse bastante, o cartunista Gil indicou meu nome para cobrir suas férias no jornal que naquele ano era o de maior circulação. Conheci Armindo Blanco, Inavir Yazbeck e outros profissionais excepcionais na redação. E todos sempre solícitos e prestativos.
No final da década de 1990, tive o privilégio de dividir mesa na editoria de artes no Jornal Lance, com o genial Mário Alberto e meu ídolo Ique. Sempre sendo auxiliado pelo compartilhamento de informações desses artistas que tenho admiração e gratidão por todos.
Acredito que os argumentos acima, dentre tantos outros que me possibilitariam escrever um livro, são suficientes para eu acreditar que o compartilhamento de informações é tão importante para os outros como é para mim. Não sei se vou conseguir, mas àquilo que eu aprendi, aprendo e aprenderei, se possível for, compartilharei com quem se interessar.
Muito obrigado aos artistas que jamais colocaram a mão na frente quando eu me aproximei.
Oras, que graça tem em saber algo e não compartilhar? Esse fato me fez relembrar de um tempo quando eu era um menino inseguro do que fazia e todas as vezes em que eu ia desenhar e alguém se aproximava para ver, eu colocava a mão protegendo e inclinava o corpo para impossibilitar a visão da pessoa curiosa. O tempo passou e o pouco que eu aprendi, aprendo ou descubro, faço questão de compartilhar com as demais pessoas sim. O fato de compartilhar algo com alguém não significa que as pessoas desenvolvam qualquer poposta, mas o conhecimento irá promover desenvolvimento e descobertas, bem como novas trocas de informações.
Durante a década de 1990, havia um cartunista aqui no Rio de Janeiro que era premiado em diversos salões de humor, devido ao fato de receber informativos impressos sobre os concursos e não compartilhar com os demais cartunistas. Nesse mesmo período, o médico gaúcho Ronaldo Cunha Dias ( um dos cartunistas mais premiados no mundo ) que também recebia os mesmos informativos, entendeu que o compartilhamento d as informações seria fundamental para o desenvolvimento e o surgimento de novos cartunistas. Assim, através de pacotes repletos de recortes, regulamentos, livros e desenhos originais enviados pelos Correios, cartunistas do Brasil e do exterior criavam A REDE. Dela participavam cartunistas como: Ronaldo, Érico, Ulisses, Arionauro, J. Bosco, Waldez, Rildo Brasil, Sérgio Más, Rico e outros que hoje são consagrados no cenário nacional e internacional. Com a proposta d’A REDE, vários cartunistas também passaram a conquistar premiações e àquele cartunista que anteriormente monopolizava as informações e arrebatava algumas premiações, começava então a ter que compartilhar - mesmo contra a sua vontade - o espaço conosco.
Em seguida, com a globalização promovida pelo advento da internet, as possibilidades do monopólio informativo se tornava cada vez mais impossível e por incrível que possa parecer, àquele cartunista que anos atrás “segurava” as informações para si, deixava de arrebatar prêmios e passou a fazer a manutenção de seu nome graças às conquistas daquele período em que ele podia exercer seu egoismo.
Lembro-me que, durante a década de 1980, quando eu ia à redação do Jornal do Brasil, para ver como os ilustradores trabalhavam, Ique, Liberatti, Aliedo e outros eram super atenciosos e davam dicas de como elaborar as charges e as caricaturas. O Ique, além das dicas ainda me deu alguns materiais como penas e papéis importados.
No início da década de 1990, quando conheci o mestre Zé Graúna, ele compartilhava absolutamente tudo referente ao desenho de humor. Fato que fez com que eu hoje entenda que o compartilhamento de idéias é fundamental para o desenvolvimento de qualquer pessoa que tenha interesse.
Em 1993, eu ia à redação do Jornal O Dia sempre que tinha oportunidade. Na editoria de artes eu passava horas vendo como o Gil elaborava suas caricaturas, sua distorções inimitáveis, o domínio da “ecoline” , suas esculturas e sua versatilidade com os mais variados materiais. Eu desejava que o tempo congelasse para não ter que voltar para casa. Além do Gil, Ary Moraes, Alvim, Leonardo, Vilanova, Ykenga e Janey sempre dispostos a ensinar alguma coisa, mesmo em meio às suas atribuições. No ano seguinte, como se o fato debuscar informações jaó não fosse bastante, o cartunista Gil indicou meu nome para cobrir suas férias no jornal que naquele ano era o de maior circulação. Conheci Armindo Blanco, Inavir Yazbeck e outros profissionais excepcionais na redação. E todos sempre solícitos e prestativos.
No final da década de 1990, tive o privilégio de dividir mesa na editoria de artes no Jornal Lance, com o genial Mário Alberto e meu ídolo Ique. Sempre sendo auxiliado pelo compartilhamento de informações desses artistas que tenho admiração e gratidão por todos.
Acredito que os argumentos acima, dentre tantos outros que me possibilitariam escrever um livro, são suficientes para eu acreditar que o compartilhamento de informações é tão importante para os outros como é para mim. Não sei se vou conseguir, mas àquilo que eu aprendi, aprendo e aprenderei, se possível for, compartilharei com quem se interessar.
Muito obrigado aos artistas que jamais colocaram a mão na frente quando eu me aproximei.
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