Imaginamos que com o encerramento das atividades no restaurante para onde fomos celebrar o sucesso do 1º Salão Internacional de Campinas, nosso dia chegara ao fim. Mas não foi bem assim...
Como das vezes anteriores em que estive com o Dálcio e a Lú, eles me convidavam para ficar em sua casa e eu dava um jeito de sair pela tangente. Dessa vez, ainda na mesa, recebi o convite e, antes mesmo de eu esboçar qualquer resposta, a Lu disse: _ Hoje não! E o Dálcio e decretou: _ Hoje vocês não voltam. Vão lá para casa!
Acima da lareira, um pouco à esquerda, outra tela evidenciando um músico. Para a minha surpresa, ambas assinadas pelo Dálcio.
Na sala de jantar, na parede em frente à mesa, outra tela excepcional pintada com tinta acrílica pelo Dálcio, mostrava um casal dançando tango.
Ficamos algumas horas ali, sentados à mesa, tomando cerveja, conversando e sendo cortejados pelo “nanquim”, que ao menor descuido... SHLÉPT!... Dava-nos uma lambida.
Quando pensamos que o Dálcio fosse se recolher – afinal ele deveria estar elaborando uma caricatura do cantor Sting, para a revista Veja – recebemos o convite para irmos ao segundo pavimento da casa, para que conhecermos seu atellier.
( Esta imagem foi feita no dia seguinte, pela manhã )
Adentramos o atellier e a galeria de troféus não deixava a menor dúvida de que àquele era o espaço de um vencedor. Troféus dos mais variados salões, do Brasil e do exterior, ocupavam pelo menos cinco prateleiras de uma estante repleta de livros, catálogos e jornais sobre salões de humor.
Dálcio ligou seu computador e nos mostrou algumas caricaturas que ele fez para ilustrar a revista Veja e outros veículos de comunicação.
Logo em seguida, ele foi ao armário e trouxe-nos vários originais com os quais havia participado de alguns salões e dentre eles, trabalhos inéditos executados com as mais variadas técnicas.
Após algumas fotos e muitas perguntas, Dálcio pegou uma mochila, como se estivesse pegando um filho e mostrou-nos partes de seu projeto mais antigo.
E não pensem que o papo era apenas entre o Dálcio eu e o Ray e eu não. A Lu participava ativamente da conversa e ficou claro que ela está mais por dentro dos bastidores dos salões de humor do que muitos cartunistas por aí.
Lá pelas 11:30hs fomos convidados para irmos ao acervo improvisado no segundo pavimento da casa. Lá, haviam várias outras telas prontas e outras à espera da intervenção do multifacetado cartunista. E nós ali, como cachorros em frente da assadeira de frangos, comendo com os olhos.
Dálcio já confirmou a sua participação na comissão julgadora do 3º Festmenc e tanto ele quanto a Lu, se colocaram à disposição do Projeto Sorrialengo.
Como das vezes anteriores em que estive com o Dálcio e a Lú, eles me convidavam para ficar em sua casa e eu dava um jeito de sair pela tangente. Dessa vez, ainda na mesa, recebi o convite e, antes mesmo de eu esboçar qualquer resposta, a Lu disse: _ Hoje não! E o Dálcio e decretou: _ Hoje vocês não voltam. Vão lá para casa!
Em dado momento da conversa, a Lu me perguntou sobre o Sorrialengo ( um papo que havíamos começado ainda no restaurante, na noite anterior ). Eu e o Ray e eu falamos um pouco mais sobre o desenvolvimento tanto do Projeto Sorrialengo, quanto do Festmenc. O Dálcio então levantou-se do sofá, foi lá dentro do seu atellier e poucos minutos depois ele voltava com vários impressos, livros e catálogos ( seus e de outros artistas ), autografou-os e nos deu para que colocarmos na biblioteca do projeto, com o intuito de promover a pesquisa sobre o desenho de humor e para darmos de prêmios àqueles alunos que se destacarem.
A Drª Lu
Assim, quando deixamos o restaurante ( fomos os últimos clientes ) o Dálcio nos conduziu à sua casa e o assunto que conversávamos à mesa, no restaurante, continuou dentro do carro. Durante o trajeto, presumo que levamos uns 20 minutos falando sobre desenho de humor e salões... só para variar.
Assim que chegamos à casa do nosso anfitrião, fomos denunciados rapidamente à vizinhança, pelo “nanquim”. Não se trata de nenhuma artimanha gráfica do Dálcio, nem de outro cartunista vizinho. É que “nanquim” foi o nome dado por Dálcio ao seu dálmata.
Assim que chegamos à casa do nosso anfitrião, fomos denunciados rapidamente à vizinhança, pelo “nanquim”. Não se trata de nenhuma artimanha gráfica do Dálcio, nem de outro cartunista vizinho. É que “nanquim” foi o nome dado por Dálcio ao seu dálmata.
Feita as apresentações ao “nanquim” adentramos a casa e logo à esquerda, próximo à lareira, uma tela enorme com a cabeça de um tucano em estilo bem realista.
Na parede ao lado da porta, uma aquarela monocromática, apresentava uma mulher nua, também com a assinatura do dono da casa. A decoração super bacana e os quadros super bem trabalhados, davam ao ambiente um toque mais requintado.
O contraponto visual, era dado por uma tela redonda, com um metro de circunferência (aproximadamente), assinada por ninguém menos que o premiadíssimo cartunista Cau Gomez.
Ficamos algumas horas ali, sentados à mesa, tomando cerveja, conversando e sendo cortejados pelo “nanquim”, que ao menor descuido... SHLÉPT!... Dava-nos uma lambida.
Quando pensamos que o Dálcio fosse se recolher – afinal ele deveria estar elaborando uma caricatura do cantor Sting, para a revista Veja – recebemos o convite para irmos ao segundo pavimento da casa, para que conhecermos seu atellier.
Logo no primeiro lance da escada, uma clarabóia enorme emoldurava o céu estrelado, lá fora.
Na parede ao lado da escada, uma tela vertical com motivos musicais, pintada pelo cartunista.
Ao final da escada, surgia a sala do home theater, com o pé direito alto, iluminada pela clarabóia, trazia um banner gigante, que fôra usado na divulgação de uma das edições do World Press, na qual o Dálcio foi premiado com uma caricatura de Jhon Lennon e presenteada pelo cartunista António, de Portugal.
Do lado esquerdo do banner, uma tela com a caricatura do Dálcio e do lado direito, outra tela, com a caricatura da Lu. As duas telas assinadas por outro premiadíssimo cartunista, o Rossi.
Dentro do atellier, logo na parede esquerda ao lado da porta, um trabalho do Dálcio dividia espaço com um original do Jaguar, devidamente autografado.
A quantidade de informações visuais e o compartilhamento de dicas e informações, não permitia qualquer aproximação do sono.
Sempre que nos mostrava um trabalho, dava uma dica de como o havia feito.
Para a nossa alegria, haviam alguns trabalhos que foram publicados e nós conhecíamos, mas também haviam outros trabalhos que foram publicados e nós desconhecíamos. Além de algumas obras inéditas, feitas recentemente ou há algum tempo.
De dentro da mochila, retirou alguns estudos de personagens elaborados com lápis, lápis de cor, tinta e alguns story boards e “bonecas” de livros infantis.
Segundo ele, desde quuando era bem mais jovem, seu tempo livre era voltado para a criação de histórias infantis e pelo que vimos, tanto como propostas visuais quanto os roteiros, são muito bem elaborados e não será surpresa alguma, se dentro de pouco tempo o nome do Dálcio figurar entre os destaques da literatura infantil. Trabalhando para que isso aconteça, ele está e muito.
Já eram quase 05:00hs da manhã quando “nós” sugerimos uma pausa no papo para descansássemos um pouco. Assim, fomos encaminhados ao quarto de hóspedes, onde para a nossa surpresa, havia mais uma tela inédita, de autoria do Dálcio, pintada com tinta acrílica.
Por volta das 09:00hs já estávamos à mesa, tomando o café da manhã com os nossos anfitriões, falando sobre salões de humor e o casal tentando administrar a atenção conosco e com os outros cartunistas que ligavam para saber sobre a abertura do salão na noite anterior.
Lá pelas 11:30hs fomos convidados para irmos ao acervo improvisado no segundo pavimento da casa. Lá, haviam várias outras telas prontas e outras à espera da intervenção do multifacetado cartunista. E nós ali, como cachorros em frente da assadeira de frangos, comendo com os olhos.
Dálcio já confirmou a sua participação na comissão julgadora do 3º Festmenc e tanto ele quanto a Lu, se colocaram à disposição do Projeto Sorrialengo.
Eles já disseram que vão fazer uma visita ao projeto e, quando isso estiver agendado, vamos conclamar os amigos do Rio de Janeiro para que façamos da visita deles uma celebração.
Acredito que, pela forma excepcional como fomos tratados pelo Dálcio e pela Lu, a caricatura do Sting tenha ficado fenomenal e os pacientes da Lu receberam dela seu tratamento mais efetivo.
Despedimo-nos da Lú, da secretária do casal, do “nanquim” e então o Dálcio foi levar-nos ao Terminal Rodoviário de Campinas.
Ainda tínhamos vários assuntos e se dependesse de nós, não embarcaríamos tão cedo. Mas as passagens para São Paulo estavam marcadas para quinze minutos após a nossa chegada ao terminal. Despedimo-nos do Dálcio com a sensação de termos passado por uma aula intensiva, de persreverança, educação e gentileza ao extremo.
Acredito que, pela forma excepcional como fomos tratados pelo Dálcio e pela Lu, a caricatura do Sting tenha ficado fenomenal e os pacientes da Lu receberam dela seu tratamento mais efetivo.
Assim, faço desse registro uma forma de compartilhamento com as pessoas que por aqui passarem.
Em relação às fotografias, como disse ao Dálcio: _ A proposta seria compartilhar com os fãs e companheiros de profissão, algumas imagens de seus trabalhos e alguns registros da nossa estadia. Daí a naturalidade exposta nas fotos.
E em relação ao casal, que conheço desde meados dos anos noventa, jamais mudaram seu comportamento em relação à mim.
Dálcio e Lu, meu carinho, minha admiração e minha gratidão...
Valeu!
2 comentários:
Oiii, eu estava na internet tentando descobrir a raça do cachorro do Dalcio para dar um presente para ele !!! E ai achei sua postagem!!! Confesso que viajei junto com vocês na casa desse grande artista!!! Um privilégio para poucos , mas tenho certeza de que foi um dia inesquecível!!!! Obrigada por publicar uma foto do Nanquim... Rsssss agora preciso achar um presente inspirado em um dalmata!!!! Bjs bjs
Mattias.... Perdão.... Ia me esquecendo de postar!!!! Parabéns pelos seus trabalhos também!!!!!! Em um país onde BBB vira "artista" ter verdadeiros ARTISTAS como você , o Dalcio e tantos outros igualmente talentosos é um privilégio! Obrigada por fazer parte desse seleto grupo de verdadeiros ARTISTAS que alegram meu coração, me fazem sorrir e deixam meus dias mais coloridos!!!!
Beijos
Paty
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