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Acabei de receber um comentário do Mário Alberto, referente à postagem "É caricatura ou não é?" que me promoveu o desejo de compartilhar através desta postagem, para que outros companheiros pudessem promover reflexões.
Dois aspectos me fizeram toma tal decisão:
O primeiro, por se tratar da opinião de um profissional que domina o assunto ao qual emite sua opinião.
O segundo, pelo fato de o Mário Alberto ser um dos poucos (ao lado do Ique, William, Ray, Nei Lima e mais alguns) que conseguem manter, nos seus desenvolvimentos digitais, as mesmas características aplicadas nos trabalhos convencionais. Mantendo assim a identidade do artista, independente da técnica usada pelo mesmo.
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Antes que atirem a primeira pedra, deixem que eu solte o paralepípedo sobra a minha própria cabeça, sem pudor.
Eu não tenho identidade nenhuma. Nem nos trabalhos convencionais, muito menos nos digitais. Isso não me incomoda... todas as premiações que obtive até a presente data me foram atribuidas com trabalhos completamente distintos uns dos outros, onde só é possível saber que sou o autor devido a minha assinatura.
Mas admiro muito os companheiros que conseguem esta proeza.
Só para constar:
Em meados da década de 1990, eu achava genial a forma como o cartunista Aroeira elaborava a caricatura do então presidente da república, Fernando Henrique Cardoso. Ele tinha uma peculiaridade, que era seu desenvolvimento elaborado com uma aguada de nanquim, simples, mas genial.
Quando migrou para a ilustração digital, o F.H.C. do Aroeira perdeu o encanto e àquela maneira engraçada que ele conseguia fazer da maneira tradicional.
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Vamos à opinião do Mário Alberto:
Que é caricatura é. Pra mim não tem dúvida. A questão autoral se resolve pelo simples fato de que se eu ou qualquer outro colega de caricatura pegássemos essa mesma foto e seguíssemos a mesma proposta de distorcer, os resultados sairiam totalmente diferentes. O que eu acho que se perde nesse tipo de trabalho é, evidentemente, a interpretação cromática da referência. O tratamento aos volumes também vai pro espaço. Isso é meio o que me incomoda na maioria das caricaturas digitais que podem ser vistas nos blogs por aí. O cara vai lá, "pega" a palheta de cores toda da foto e pinta, deforma... Diga-se de passagem, aí não vai uma crítica mas sim uma constatação aliada a uma inquietação. Diga-se também, eu próprio gosto muito de uma caricatura digital com "cara de foto" e tenho alguns trabalhos desenvolvidos dessa forma (em breve no meu blog - momento jabá). Resumindo, cravo que é caricatura sem pestanejar, mas sinto falta do "calor" da pintura "ao vivo".
Abraço
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Ninguém é obrigado a concordar com a opinião dele... mas avaliar como a análisse de um profissional qualificado é o mínimo que podemos fazer.
Valeu Sêo Mario!
Abraços a todos
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