Ednaldo, premiado com o 2º Lugar
O 2º Salão de Humor Medplan transcorreu de forma bacana. Os premiados, como já deixei a minha opinião exposta anteriormente, foram merecedores de suas conquistas.
Mesmo havendo dois premiados do Piauí (estado onde aconteceu o salão), ambos os artistas, tanto o Ednaldo quanto o Izânio tiveram idéias extremamente felizes. Expuseram através de seus trabalhos o que tem faltado aos demais salões, o humor contextual genuinamente brasileiro.
A piada livre, sem a preocupação non-sense a qual somos bombardeados nos demais salões. Apesar de ser fã dàqueles trabalhos mais elaborados, não poderia ser leviano de desconsiderar o quanto os dois cartunistas piaienses foram extremamente originais em suas propostas.
Mesmo sendo o Jota A. querido por uma infinidade de cartunistas, sendo amigo de todos, ele conduziu o salão de maneira excepcional. Ao contrário dos demais salões que insistem na manutenção de estrelas.
Ao meu ver, lá no Salão Medplan, valeu à pena ter concorrido.
Mais uma vez, PARABÉNS à equipe envolvida com o SALÃO MEDPLAN DE HUMOR.
...
Quando digo que tanto o Salão Medplan, quanto os artistas premiados de lá foram felizes e justificados é devido ao fato deles, de certa forma, resgatarem a identidade do cartum brasileiro.
O que percebemos, geralmente são inúmeros salões de humor enaltecendo e premiando cartuns políticos porque seus autores são considerados fenômenos.
So que estes mesmos jurados se esqueçem que podem estar matando aos poucos a identidade do cartum brasileiro, que é mais engraçado e menos político.
Quase sempre, ao observamos os cartuns premiados nos diversos salões espalhados pelo mundo, deparamo-nos com imagens que não desperta o sorriso, mas a reflexão. Na verdade, não são cartuns... mas ilustrações com contextos de charges. Seus autores, geralmente oriundos de países regidos por sistemas ditatoriais, explicitam através de suas ilustrações, suas angústias e visões sobre os sistemas os quais são subjugados.
Nós brasileiros, temos o espírito brincalhão. Fazemos piadas sobre absolutamente TUDO e mesmo assim - me incluo - acabamos desenvolvendo trabalhos ilustrativos. E ficamos estagnados fazendo humor sem graça, apenas para satisfazer tendências.
Sugiro àqueles participantes de comissões julgadoras que atentem para isso: Não é porque tal cartunista é fenomenal que a linguagem dele seja unanimidade. Temos nossa cultura, "inclusive no traço" e isso deve ser levado em conta na hora de julgar um trabalho.
Fiquei extremamente feliz com os resultados apresentados pelo Medplan, pois ao menos por lá, existe a possibilidade do resgate de uma identidade que está sendo perdida aos poucos.
Valeu Piauí!
O 2º Salão de Humor Medplan transcorreu de forma bacana. Os premiados, como já deixei a minha opinião exposta anteriormente, foram merecedores de suas conquistas.
Mesmo havendo dois premiados do Piauí (estado onde aconteceu o salão), ambos os artistas, tanto o Ednaldo quanto o Izânio tiveram idéias extremamente felizes. Expuseram através de seus trabalhos o que tem faltado aos demais salões, o humor contextual genuinamente brasileiro.
A piada livre, sem a preocupação non-sense a qual somos bombardeados nos demais salões. Apesar de ser fã dàqueles trabalhos mais elaborados, não poderia ser leviano de desconsiderar o quanto os dois cartunistas piaienses foram extremamente originais em suas propostas.
Mesmo sendo o Jota A. querido por uma infinidade de cartunistas, sendo amigo de todos, ele conduziu o salão de maneira excepcional. Ao contrário dos demais salões que insistem na manutenção de estrelas.
Ao meu ver, lá no Salão Medplan, valeu à pena ter concorrido.
Mais uma vez, PARABÉNS à equipe envolvida com o SALÃO MEDPLAN DE HUMOR.
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Quando digo que tanto o Salão Medplan, quanto os artistas premiados de lá foram felizes e justificados é devido ao fato deles, de certa forma, resgatarem a identidade do cartum brasileiro.
O que percebemos, geralmente são inúmeros salões de humor enaltecendo e premiando cartuns políticos porque seus autores são considerados fenômenos.
So que estes mesmos jurados se esqueçem que podem estar matando aos poucos a identidade do cartum brasileiro, que é mais engraçado e menos político.
Quase sempre, ao observamos os cartuns premiados nos diversos salões espalhados pelo mundo, deparamo-nos com imagens que não desperta o sorriso, mas a reflexão. Na verdade, não são cartuns... mas ilustrações com contextos de charges. Seus autores, geralmente oriundos de países regidos por sistemas ditatoriais, explicitam através de suas ilustrações, suas angústias e visões sobre os sistemas os quais são subjugados.
Nós brasileiros, temos o espírito brincalhão. Fazemos piadas sobre absolutamente TUDO e mesmo assim - me incluo - acabamos desenvolvendo trabalhos ilustrativos. E ficamos estagnados fazendo humor sem graça, apenas para satisfazer tendências.
Sugiro àqueles participantes de comissões julgadoras que atentem para isso: Não é porque tal cartunista é fenomenal que a linguagem dele seja unanimidade. Temos nossa cultura, "inclusive no traço" e isso deve ser levado em conta na hora de julgar um trabalho.
Fiquei extremamente feliz com os resultados apresentados pelo Medplan, pois ao menos por lá, existe a possibilidade do resgate de uma identidade que está sendo perdida aos poucos.
Valeu Piauí!
2 comentários:
Muito bom, ter criticas positivas sobre o Salão Medplan de Humor. É algo que fazemos com muita seriedade e respeito pelos artistas. Em breve estaremos enviando os catálogos com trabalhos escolhidos pelo juri. Obrigado, Mattias.
Salve Fábio! Todos os méritos são da equipe envolvida com o salão. Vocês foram de encontro ao que tem acontecido em muitos salões onde o favorecimento se dá àqueles artistas renomados e badalados. Muitas vezes com trabalhos medíocres, mas evidenciados pela posição dos donos de quem os assinou.
Penso que, se todos os salões tiverem a mesma visão proposta através dos resultados obtidos no Salão Medplan, muitas novidades surgirão, para o bem do humor gráfico brasileiro.
Fiquei extremamente feliz por ter participado do 2º Salão de Humor Medplan.
Vida longa!
Abraço e parabéns a todos os envolvidos.
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